ORQUESTRA ACADÊMICA BRAVI
A história de Londrina contada através da música e poesia!
Com poemas de Renato Forin, composições de Erisla Pastore e Daniel Simitan, interpretação da Orquestra Acadêmica Bravi e direção artística de Jhonatan Santos.
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SOBRE O PROJETO
Uma senhora de 87 anos sofre com Covid na UTI de um hospital. Entre lembranças, afetos e arrependimentos – e diante da incerteza da continuidade de sua história – ela revisita outros tempos, outras décadas de si. Este é o mote de “Londrina em 4 Atos”, homenagem literária e musical à terra vermelha em comemoração ao seu mês de aniversário.
Inspirados em quatro poemas narrativos escritos por Renato Forin Jr., os compositores Daniel Simitan e Erisla Pastore criaram quatro poemas sinfônicos, que são executados pela Orquestra Acadêmica Bravi sob a direção artística de Jhonatan Santos e produção de Thalita Deldotti.
As obras lítero-musicais percorrem a história de Londrina, contando-a de um ponto de vista não-oficial, mas subjetivo, sobre as sensações que evoca, sua natureza cosmopolita e a fusão étnica. Nos textos, Renato escolheu personificar a cidade na figura da mulher de mesma idade, no ciclo de um dia.
Ato a ato, o público acompanha regressivamente o enredo, que começa na pandemia do presente (Madrugada) e vai até a infância (Manhã), com metáforas sobre o processo da colonização, mas da perspectiva de povos que originalmente ocupavam o norte do Paraná.
“A gente vai conhecendo a personagem aos poucos – seu rosto, as marcas no seu corpo, sua linhagem familiar, aparecem em pistas distribuídas no poema. Muitas vozes atravessam o discurso dela e materializam a babel que é Londrina e suas contradições: cenários arrojados e tradicionais, a vocação progressista e arraigada, as narrativas sublimes e as brutais”, explica o escritor Renato Forin Jr.
A partir dos textos, os compositores elaboraram os chamados “poemas sinfônicos”, estilo praticado no Romantismo e que consiste em criações musicais inspiradas por uma obra literária. No projeto, Daniel Simitan e Erisla Pastore fundem uma variedade de tendências para evocar sonoramente as imagens líricas e a trajetória da protagonista – dos solos de viola ao uso percussivo dos instrumentos de cordas, das fugas barrocas ao minimalismo contemporâneo.
“Minha maior inspiração foi a história de Londrina, seus desdobramentos, seus clímaces e como a cidade se encontra hoje. Nas gravações, eu ficava extasiado com o que estava acontecendo, com a sonoridade que a gente estava conseguindo alcançar”, lembra Simitan. “Para fazer minhas composições, no segundo poema, por exemplo, eu fiz uma relação muito sinestésica com as cores, com o céu de Londrina, esse entardecer lindo, maravilhoso, que nós temos, algo muito semelhante acontecia no impressionismo”, conta Pastore.
“Os compositores fizeram um excelente trabalho, uma música maravilhosa. Nós, da Orquestra Acadêmica Bravi, vimos ali um projeto genuíno, contando com os poemas e com as composições. Os músicos executaram com muita garra e dedicação”, ressalta Santos.
As gravações foram realizadas em quatro dias no Plugue Estúdio, com produção de áudio de Júlio Anizelli e captação em vídeo pela RubroLab, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19. A Orquestra Acadêmica Bravi, que executa os poemas sinfônicos, conta com treze musicistas sob a direção artística de Jhonatan Santos, e é composta por instrumentos de cordas friccionadas como violinos, violas, violoncelos e contrabaixo.
Texto de Renato Forin Jr.
O projeto Londrina em Quatro Atos só foi possível graças aos parceiros, apoiadores e patrocinadores!